terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Voto Eletrônico

Segurança ou Farsa?
Hoje no Brasil estamos vendo o espetáculo da eleição por meio do sufrágio eletrônico, ou seja, em sistema eleitoral tecnologicamente adaptado para a recepção eletrônica do voto e sua totalização mais veloz e supostamente eficaz.
Questões em torno da segurança e sigilo do voto, da totalização, da votação pelo próprio eleitor geram controvérsias entre os idealizadores do sistema e a população intelectual.
Aqui no meu Estado, Rio Grande do Norte, em várias cidades existem protestos de eleitores que afirmam terem sido informados, ao chegarem nos locais de votação, que já haviam votado, impressionando-me com o número exacerbado de queixas.
Um dos fatores que mais deixa fragilizado o sistema é o processo escolha dos mesários, onde, em certos casos, são nomeadas pessoas tendenciosas e completamente desinteressadas com o bom andamento do pleito.
Outro fator importante é que muitas pessoas vêm protestando que, no momento da votação, não apareceram os dados de seus candidatos, gerando assim o constrangimento do voto porque quando vão protestar passam a informar inocentemente em quem votou.
Notícias de fraudes em urnas eletrônicas, ausência de interesse da Justiça Eleitoral em instaurar o competente Inquérito Policial para apurar as denúncias e o desinteresse da população pela transparência no processamento de dados são fatores diretamente decisivos para a confusão que se está formando em torno do sonho de votação segura.
Ademais, destaque-se que a atitude do Judiciário em não instaurar investigações para a apuração de denúncias consiste em ato receoso, até porque demonstra um mister de reconhecimento implícito da fragilidade do sistema e medo de que possível fraude seja levada à população .
O ato da Justiça Eleitoral coibir a fiscalização dos Boletins de Urna pelos fiscais dos Partidos Políticos demonstra plenamente a tentativa de manipulação do sistema, vez que evita a produção probatória para o levantamento, pela sociedade, de possíveis fraudes na totalização dos votos.
Sabe-se, antes de mais nada, que o voto por cédula é inseguro, pois está disponibilizado à boa vontade do escrutinador, ou seja, o objeto desta matéria é de abrir os olhos dos leitores a despeito da nova realidade eleitoral brasileira, a saber, a segurança supostamente dada à possibilidade de fraude eleitoral.
Pois bem, a partir de hoje passo a entrar na luta pela melhoria da estrutura eleitoral de nosso país, posto que se o judiciário exige prova totalmente inequívoca para a apuração de irregularidades quando, ao mesmo tempo, dificulta a vida dos fiscais dos partidos.
Desse modo entendo que o Judiciário ainda não apresentou a estrutura óssea desse sistema, pois receia que sejam verificadas as máculas que dele emanam.
O sistema eleitoral é seguro, aparentemente, mas, infelizmente, não para a isonomia da votação, e sim para os fraudadores, que passam desapercebidos por debaixo dos programas de “Windows” que sustentam essa farsa!

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